A censura no Brasil sempre foi um assinto muito delicado e passou por diversas fases. No pós ditadura militar, o país viveu uma fase onde se tentou liberar tudo. O ápice dessa fase ocorreu na década de 90, onde programas dominicais da TV aberta mostravam conteúdo bastante sensual sem constrangimentos.
Hoje em dia, quase 20 anos depois, caminhamos em um retrocesso nesse quesito. Quando a espanhola chegou ao BBB (quem assiste ou lê notícias sabe bem) e resolveu tomar banho nua, demonstrando não ter
problemas relacionados com a imagem de seu corpo, um grande choque de opiniões se espalhou para o Brasil.
Que somos um povo incoerente e hipócrita (no geral) praticamente todo mundo já sabe. Festejamos o carnaval celebrando o corpo, a alegria e o erotismo, mas passado o mês de fevereiro, logo nos vestimos por trás do véu da ignorância.
Sociólogos e antropólogos têm um sem número de explicações para tal fenômeno. Mas vou para com a enrolação e a lição de moral. O que temos hoje é que a censura no país resolveu mudar as regras: a nudez frontal sem conotação sexual está liberada para todas as idades.
Caso exista um conteúdo sexual educativo, a censura indica a idade mínima de 10 anos. As novas classificações valem tanto para o cinema quanto para a televisão.
Hoje as crianças recebem educação sexual a partir da alfabetização. Tabus precisam cair, já passa da hora. A própria ocultação de muitas coisas da crianças, incluindo o sexo, podem causar problemas de auto-conhecimento e também muitos outros traumas, pois a erotização que se cria pelo proibido é muito maior. Ponto para o passo à frente que resolveram dar.