Quanto veremos o fim dos canais SD?

Cheguei em casa agora cedo e liguei a TV. O último canal assistido que apareceu foi o ESPN Brasil (SD na Claro TV, única opção na operadora).

Naquele momento estava sendo exibida a partida entre PSV e AJAX, pelo campeonato Holandês. Até aí tudo bem, mas a indignação logo começou quando meus olhos estavam quase sangrando tentando identificar quem era quem, em um jogo de futebol ao vivo com imagem de International Super Star Soccer (clássico de futebol do Super Nintendo).

O que as operadoras estão fazendo nos últimos anos com os canais SD beira o absurdo. A taxa de compressão dos canais aumentou tanto, que inúmeros quadrados e falhas na formação da imagem são visíveis em qualquer televisão atual (e pasmem, já está péssima nas TVs de tubo também).

Já está mais do que na cara que as operadoras querem que os canais HD substituam os antigos o quanto antes, o que seria a evolução natural da tecnologia. O porém é que a falta de espaço nos satélites e a grande base de assinantes (e pontos extras) em SD, fazem com que os mais de 150 canais disponíveis no país em SD, se tornem 300 a longo prazo, pois quando se lança o simulcast em HD o antigo nem sempre vai deixar de existir… não há espaço, mas fazer com que o assinante SD assista canais com imagem ridícula (ainda mais quando não existe a opção em HD na operadora…) aí já é um abuso.

Quando falo portanto sobre o fim dos canais SD, me refiro à tentativa de assassinato imposto pelas operadoras. Me refiro a piorar a qualidade de som e imagem até um ponto que os assinantes não tenham outra alternativa senão contratar um pacote HD. Isso já ocorreu em outros setores, como a da internet e os velhos modens de banda larga com 128 KB/s… alguém se lembra?