O fim da TV por Assinatura como a conhecemos Parte 2

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Todos nós já escutamos as previsões quase apocalípticas sobre o fim da TV por assinatura. Mas por que esse assunto está tão a tona hoje em dia? A resposta é simples, graças a Internet. O mesmo aconteceu com o rádio. Porém, a internet já está na casa das pessoas há muitos anos, por que só agora ela impõe um perigo a forma de como funciona a TV por assinatura tradicional?

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TV por assinatura

A internet é o MEIO, já um novo serviço demora mais para se concretizar

Como sabemos, tudo que é novo, se lançado no momento errado, não dará certo. É o que vemos com serviços ou produtos que fracassaram miseravelmente no passado mas voltam hoje com força total.

O tempo necessário para maturação está sendo respeitado pelos serviços de streaming de conteúdo pela internet atualmente.

Serviços como Hulu e Netflix estão cada vez mais conquistando espaço no mercado de entretenimento. A Netflix por exemplo já tem há alguns anos mais assinantes nos Estados Unidos do que a HBO.

Serviços como esses levaram tempo para se consolidar no Brasil, devido as dificuldades com a qualidade de nossa internet, mas hoje já são realidade (caso do Netflix e Serviços da Globosat Play, por exemplo).

A Netflix também investiu muito em serviços de compactação de som e imagem, permitindo que a maior parte de seus assinantes pudesse ver o conteúdo em HD, mesmo com conexões ruins.

Outro ponto muito interessante dos serviços on demand é seu preço e seus ideais. Qualquer um pode assinar o Netflix por uma mensalidade inferior a R$20,00 (conteúdo para uma pessoa, sem qualidade HD) ou então por menos de 30, já com conteúdo em 4K – ultra HD.

Notem que a ideia aqui é fazer o serviço crescer para ganhar em escala, e não o oposto visto nas operadoras de TV tradicionais.

Netflix

O que ainda falta nos conteúdos on demand, OTT, etc

Um dos pontos que mais chama a atenção no Brasil ainda é o acervo de serviços como Netflix. Diferentemente dos canais Telecine e HBO, o Netflix peca pelos filmes oferecidos (e até mesmo documentários) tanto em quantidade quanto ao fator exclusividade.

Temos ainda a questão tributária: a TV por assinatura paga um volume alto de impostos para os Governos municipais, estaduais e para a União, repassando esse valor integralmente ao consumidor.

Já o Netflix não. As próprias operadoras já se uniram para combater especificamente o Netflix, entrando com processos afirmando concorrência desleal e pedindo entre outras coisas, um taxamento do serviço.

A TV perde valor e relevância a cada dia

Pesquisas recentes mostram que a TV perdeu seu espaço de aparelho de maior valor para o dono na casa. Antes, onde ocupava esse lugar com uma boa margem, perde agora para o computador/notebook. Além disso, perdeu também seu lugar de maior fonte de entretenimento, até mesmo para os smartphones, mais rápidos e mais capazes.

Na TV por assinatura, pagamos preços muitas vezes injustos por um serviço que nos oderece propagandas em excesso, dita o horário e conveniência do conteúdo e muitas vezes não funciona. Já os servidores de entretenimento online, te dão a possibilidade de assistir o que quiser, quando quiser e sem nenhuma pausa.

As novas tecnologias também contribuem muito para essa revolução. Novas pesquisas mostram que o uso de tablets no Netflix triplicaram em apenas um ano e de smartphones dobraram.

A TV está cada vez menos TV e mais monitor

Com o lançamento do popular Chromecast pelo Google e de semelhantes pela SONY e APPLE, qualquer televisor já antigo mas que possua entrada HDMI se tornaria uma SMART TV.

Ele se parece com um pendrive, mas no lugar do USB, temos uma sáida HDMI. Basta ligar o aparelho na sua TV que você poderá transmitir conteúdo de seu tablet, notebook ou smartphone diretamente para sua TV com uma facilidade e praticidade incrível. É verdade que essa não é uma ideia revolucionaria, mas veio na hora certa e por um preço bem bacana.

Chromecast
Google Chromecast – versão antiga custava RR$200,00 e a nova sai por R$350,00

As séries exclusivas do Netflix já valem o investimento

Ainda falando da Netflix, ela cresceu tanto nos últimos tempos que começou a produzir conteúdo próprio, seja com séries originais ou continuações de outras abandonadas. Um de seus maiores sucessos é a série “House of Cards” que teve uma produção milionária e já ganhou diversos prêmios. Com a quarta temporada já concluída, não há sequer previsão para o fim desse sucesso.

Infelizmente sabemos que o auge da TV por assinatura brasileira foi atingido em 2014 e que a tendência agora é de cair ano a ano, primeiro devido a economia brasileira e depois pela própria falência do serviço em si.

Esse formato não é o ideal e as operadoras não estão fazendo o suficiente para se adaptarem ao mundo em que vivemos. Não é sem motivo que o número de assinaturas do Netflix cresce a cada dia e vai logo ultrapassar a TV tradicional em breve mundialmente falando.

Netflix será o vilão sozinho?

Apesar de estarmos falando tanto do Netflix, isso não quer dizer que ela seja a responsável pelo possível fim da TV paga tradicional. O modo de viver e como vemos o mundo é o responsável por tal mudança.

Vivemos na era da tecnologia e comunicação instantânea. Basta alguns segundos para descobrir a resposta para qualquer duvida no Google. Quer ouvir uma música? Para que esperar ela tocar no rádio sendo que basta procura-la no Spotify ou Youtube?

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Sendo assim, ter que engolir todas as limitações da TV por assinatura simplesmente não encaixa mais nos dias de hoje. Além disso, com certeza teremos novos serviços parecidos (e melhores) que o Netflix no futuro. Só estamos falando tanto dele agora por ser o maior nome no momento.

É claro que sempre teremos aqueles que irão preferir sentar no sofá, ligar a TV e engolir qualquer porcaria que esteja passando, afinal, vivemos no Brasil. Isso sem falar do prazer que as pessoas tem de passar infinitamente de um canal para outro, o famoso zapear. Mas acredito que isso com o tempo irá diminuir.

No fim, ficamos com a pergunta: Se podemos assistir o que quisermos, na hora que quisermos e sem nenhuma interrupção, por que pagar tão caro por algo que nos oferece exatamente o contrário?

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