Não é a primeira vez que escrevemos sobre o fim da televisão aqui no eXorbeo e com certeza não será a última: acreditamos sim que nosso hábito de ver TV (e pagar por isso) está muito próximo do fim.
Mesmo no Brasil, a internet já alcançou uma velocidade satisfatória para que seja possível curtir a programação do Netflix ou do Youtube, maiores veículos de entretenimento no mundo atualmente.
Por que alguém pagaria em um futuro muito próximo para ter uma antena em cima do telhado e mais um aparelho dentro de casa se uma TV já consegue acessar a internet e servidores de IPTV?
Não perca: o fim da televisão como conhecemos – Parte 1
Queda recorde na audiência da ESPN preocupa
Desde o ano passado a ESPN vem registrando quedas cada vez maiores na sua audiência mundialmente. Os motivos são muitos, desde a pirataria do sinal via internet, até a criação e venda dos pacotes de pay per view especiais para jogos.
Mas colateralmente podemos indicar os programas esportivos via Youtube como responsáveis por esse processo.
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Se o conteúdo ao vivo migrou para outros pacotes de canais, o que resta para o modelo clássico da ESPN e demais rede de conteúdo esportivo no mundo são seus programas de opinião e os especiais eventualmente produzidos.
As novas estrelas do entretenimento não são mais aqueles lançados pelas grandes emissoras de TV, e sim os Youtubers, aventureiros autônomos que conquistaram um espaço novo graças à rede mundial de computadores.
Alguns deles já conseguem inclusive ganhar salários maiores do que o da maioria das antigas estrelas de canais como a MTV, Band e SBT.
A pirataria irá acabar com a TV?
Muitos inocentemente suspeitavam (e quem sabe ainda suspeitam) que será a TV pirata quem acabará com a televisão como conhecemos hoje em dia.
Ela pode sim contribuir com o processo, ajudar a jogar as últimas pás de cal e até sepultar muitos canais e operadoras de TV, mas não será ela quem matará a TV aberta e a TV por assinatura no mundo.
Até porque seria algo como morrer abraçada com sua mãe (ou irmã gêmea, como preferirem).
Os receptores de TV pirata prejudicam a indústria, cortando seu faturamento, não contribuindo com impostos e reduzindo diretamente os postos de trabalho, tanto de quem trabalhava em revendas legais quanto profissionais das próprias operadoras de TV e programadoras.
Mas a verdadeira ameaça da TV (em especial no Brasil e América Latina) é seu conteúdo e demora de adaptação para novas tendências.
Enquanto a Comcast nos EUA já entrega receptores que conseguem acessar o Netflix por si só (e sem ver nenhum problema com isso), por aqui as operadoras de TV via satélite ainda não conseguem se integrar com a internet para oferecer conteúdo on demand de qualidade.
Sobre a pirataria de TV paga leia: os culpados, as causas e as consequências
A TV tem como sobreviver às custas dos fãs de esporte?
Não. Mesmo um país de dimensões continentais como o Brasil não poderá contar que os fãs do futebol e dos outros esportes sejam capazes de sustentar uma indústria.
Hoje o maior argumento para a aposta na sobrevivência da televisão são os conteúdos ao vivo. Poucos perceberam no entanto que o Youtube já consegue transmitir em 4K shows e competições esportivos ao vivo de vários lugares do mundo.
Se houver interesse da Google e fraqueza de operadoras e programadores, muito em breve será o Youtube o maior fornecedor de conteúdo ao vivo do mundo e de pacotes pay per view “a la” Premiere, Combate e afins.
Nos EUA inclusive, a NFL já transmite algumas de suas principais partidas para o mundo todo gratuitamente via Twitter. No Brasil programas e até canais inteiros exibem seu conteúdo liberado via Facebook.
E a Globo, quem diria a Globo, todos os meses está liberando uma cidade nova para assistir todo o conteúdo via aplicativo Globo Play no Celular, em qualquer lugar. Até mesmo séries como Supermax estão sendo liberadas primeiro para quem assiste no aplicativo.
É o futuro e ele é implacável meus amigos.
E os pacotes de TV? Será que acabarão antes do fim da TV? Confira aqui nossa opinião