A OI, empresa de TV por assinatura e telefonia brasileira, entrou hoje com o maior pedido de recuperação judicial já feito no Brasil, no valor total de R$ 65 bilhões de reais.
O valor estratosférico é a representação da maioria das dívidas da empresa, tanto trabalhistas quanto pagamentos devidos aos fornecedores e aos bancos.
Novos canais na OI TV: mesmo em crise operadora segue em movimento
Entenda a situação da OI
Mesmo que na TV por assinatura os últimos 2 anos tenham sido excelentes, a OI como um todo passa por uma enorme crise financeira há alguns anos. Com algumas atitudes mal vistas pelo mercado, viu suas ações saírem de mais de R$ 100,00 cada, para menos de R$1 no último mês.
Se no mercado acionário a situação é calamitosa, ela não é muito diferente em relação a geração de caixa para pagamento da enorme dívida contraída nos últimos anos.
Na prática, caso a recuperação judicial seja aprovada tanto pelo justiça quanto pela maioria dos credores, a OI entra em um processo de forte auditora e acompanhamento, e ganha 2 anos para se readequar ao mercado e se reorganizar, cortando gastos ou melhorando sua eficiência. Dentro desse período a empresa terá mais uma chance de reencontrar seu caminho.
Caso nada dê certo, será decretada a falência e os credores (com preferência para os empregados) dividem o que sobrar da empresa.
Sou assinante OI, o que o pedido muda na minha vida?
Em TESE, os assinantes não devem ser prejudicados pela recuperação judicial em si. Porém, lembramos que qualquer empresa que se encontra em crise financeira grave pode sim refletir diretamente na qualidade do serviço prestado.
Como não há caixa para novos investimentos, e muito menos crédito para melhoria e expansão, o que se vê na prática é um encolhimento na empresa e em suas despesas.
Vale lembrar que a OI já é recordista no pagamento de multas junto à Anatel, acumulando apenas com o órgão um passivo de 1,2 bilhões de reais. Não temos informações dos valores devidos aos Procons regionais.
Pode ser o fim da OI TV?
Sim e não. Os cenários que existem são o da efetiva recuperação do grupo, onde as dívidas seriam equacionadas e a empresa seguiria em funcionamento após os dois anos; ou o cenário de que nada dê certo, mas que uma empresa internacional, ou até nacional, adquirisse a maioria das ações, quitando dívidas e seguindo com a marca normalmente.
O último cenário é o do fim concreto da operadora de TV, e dos demais serviços de telefonia e internet, mas é possivelmente o menos provável.
Se você é assinante da OI TV e notar falhas no serviço ou no suporte, ou ainda cobranças indevidas, não deixe de comentar!